domingo, 8 de junho de 2008

COMO TUDO COMEÇOU


Estava no ano de 1997, uma tarde de domingo e soube que na antiga fábrica de móveis INTERFORMA, (que eu até tinha lá trabalhado até ao seu encerramento) se iria realizar uma Exposição de pássaros.
Não me lembro se foi com saudades de ver o meu antigo local de trabalho ou se foi o interesse nos pássaros, o que é certo é que lá fui com a minha mulher dar uma olhadela àquilo.
Entramos e fomos vendo os canários, até que passamos pelo corredor onde estavam as aves exóticas, entretanto para meu espanto encontrei diversas pessoas conhecidas e que eram expositores e eu sabia. De repente recordo-me de que algo se estava a passar no corredor dos exóticos, mais propriamente com os Mandarins, estava a minha mulher a fazer um som parecido com té-té-té e ouvia-se aquelas avezinhas todas em coro a responder o mesmo som e isso repetiu-se durante várias vezes e todos que estavam por perto achavam engraçado o que se estava a passar. Perguntei o que se estava a passar e ela respondeu-me que tinha engraçado com aquelas aves tão divertidas e alegres e pediu-me para eu comprar uma ave daquelas.
As aves eram os Diamantes Mandarins.
Fui falar com uma das pessoas responsáveis e comprei um casal de Mandarins que estavam á venda por 1000 escudos, que na moeda de hoje seriam 5 euros.
E foi assim que tudo começou, passados uns 15 dias verifiquei que o casal se dava muito bem estando os dois sempre encostadinhos a paparicar-se um ao outro, até que notei que estava um ovo no fundo da gaiola.
Tratei logo de arranjar um ninho e colocá-lo dentro da gaiola par que a fêmea lá fosse por os próximos ovos.
O casal gostou do ninho e depressa se acomodaram dentro dele, e eu também estava bastante entusiasmado com tudo o que estava a viver e já tinha no pensamento que iria conseguir fazer uma criação de aves.
Tudo parecia estar a correr muito bem, não fazendo eu a mínima ideia de como se fazia e o que era necessário para se poder fazer criação de aves, até que um dia noto que algo se estava a passar.
Aproximei-me da gaiola e não consegui ver a fêmea, como a gaiola estava um pendurada no alto, eu tive que me por em cima de um banco e espreitar para o seu interior e foi quando vi a fêmea morta no fundo da gaiola.
Foi tudo por água abaixo e logo agora que parecia estar tudo a correr bem.
Fiquei bastante triste com o que tinha acontecido sem perceber o que tinha corrido mal.
Os dias foram-se passando e o macho também estava muito triste e praticamente não comia.
Senti que tinha que tinha de comprar outra fêmea para reavivar o macho e esquecer o sucedido e fui a casa da pessoa que me tinha vendido o casal (o meu colega Rui).
Foi o meu primeiro contacto com um local de criação de aves, pois ele levou-me até junto delas.
Para mim não tive nenhum impacto aquela visita pois eu só estava era interessado numa nova fêmea, embora o meu colega tivesse perdido algum tempo a explicar-me alguns pormenores referentes às cores das aves.
Voltei a casa muito apressado e contente e logo que cheguei fui direitinho á gaiola onde estava o macho, coloquei o cartuchinho com a fêmea junto á porta da gaiola e zás a fêmea saltou para um poleiro perto do macho. Foi uma grande festa que o macho fez quando viu que tinha novamente uma companhia junto dele, embora a fêmea parecia estar um pouco atordoada após ter saído do saco.
(continua)

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